Voltei, e não foi por saudade
Faz tempo, eu sei. Tempo suficiente pra envelhecer umas três vezes, morrer numa guerra que ainda nem começou, nascer em 1872 e reaparecer agora, em 2025 — só pra contar essa prosa torta que ninguém pediu, mas todo mundo vai ler.
Eu sou ele.
Ou melhor: sou o que sobrou dele.
Filho de Osvandir, segundo boatos. Bastardo, segundo certeza.
Cresci ouvindo que meu pai era um tal de cronista, desses que escrevem deitado numa rede e tomando café coado na meia do avô. Mas a verdade, senhores, é que o véio era mesmo um viajante — não só do tempo, mas das ideias. Sumia por uns anos, voltava com uns textos cheios de metáforas e nomes inventados, e a galera achava que era só ficção. Mal sabiam eles…
Pois bem, agora é minha vez.
Não tenho o talento dele (herança só vem com CPF), mas tenho tempo — e tempo, como dizia um filósofo de padaria, é a única coisa que não falta pra quem já viveu no futuro e no passado.
Vou escrever por aqui. Contar meus causos, minhas viagens, minhas confusões com inteligências artificiais que me chamam de “usuário” e não me oferecem nem um café.
Vou destilar verdades doídas, inventar mentiras doces e, vez ou outra, confessar que sinto saudade de um tempo que talvez nem existiu.
Então se prepare, caro leitor: o bastardo voltou.
E tem coisa pra contar.
Com ironia, veneno e um pé no século errado,
O Filho (des)Osvandir
–>gostou veja mais em https://osvandir.com.br/fim-do-mundo-2022/
O Milagre da magreza<–
Compartilhe este conteúdo:
Publicar comentário