Categoria: assaltos
IMPUNIDADE, PROPINAS, FRAUDES
FICHA SUJA
B. CASSIDY & S. KID – I
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A MÍDIA E A LISTA
A Polícia Geral, na “Operação Folhagem”, conseguiu incriminar os principais jornais do país: “O Mundo”, “O Estado Gasoso”, o “Galho” e a revista “Objetiva”.
No outro dia saiu em primeira página o seguinte:
O PRESO TEM A MANIA DE FILMAR, GRAVAR E FOTOGRAFAR TUDO
Reportagem de Celia Cimael
Foi uma cascata, tudo desmontando. O complexo jornalístico daquele país, que mandava e desmandava, de repente estava desmoronando.
Não conseguia mais derrubar ministros e nem assacar as verbas públicas.
O Presidente fora informado que na revista semanal sairia tudo sobre um de seus Ministros. Era trama pura, montagem de fotos, dinheiro esparramado na mesa, gravações indevidas, numa arapongagem descaradamente ilegal.
Eles faziam tudo para continuar mandando, eram apenas quatro famílias que locupletavam a si e os seus seguidores.
Empreiteiras que não contribuíssem com o caixa, com grandes anúncios, eram logo denunciadas. A chantagem corria a solta.
Elegiam Presidentes, Governadores, Senadores, Deputados, Prefeitos e Vereadores das grandes cidades.
O povo votava influenciado por pesquisas eleitorais fajutas, criminosas, alteradas a favor do grupo.
Quando um de seus prestigiados era eleito, aí começavam os trabalhos de arrecadação do grupo: desde coleta do lixo (que é um bom negócio) até fornecimento de alimentação para presos (outro bom negócio). Eles atuavam em todas as áreas que pudesse dar algum lucro, com pouco trabalho.
Passavam pela saúde, educação, meio ambiente, obras e vários outros setores que poderiam fraudar as licitações, ganhando empresas de seus grupos.
Viviam “dependurados em verbas farta dos cofres público” e das “ricas propagandas pagas nos grandes jornais, rádios e TVs” era o que dizia um blogueiro.
De outra feita, num estado mais distante ficavam de olho nas gordas verbas do plano do governo, ano eleitoral, verba esparramada por todo lado e eles capturando tudo para o seu rebanho.
Quando é contrariada ela contra-ataca, como no filme Guerra nas Estrelas.
E como tem equipamentos caríssimos para suas arapongagens, filmagens, gravações fajutas e amplo laboratório digital para falsas montagens de fotos e voz.
Quando de montagem de CPIs eles trabalham para que tudo dê errado e seja esquecido como em outros casos de corrupção. Compravam voto no maior descaramento da história.
Agora todos estavam comprometidos com aquele alto empresário que tinha a mania de gravar conversas, filmar e fotografar tudo que se passava no seu escritório.
A lista era muito grande, gente do alto e baixo clero, como dizem lá na capital.
Grandes jornais, Rádios, TVs atolados até o pescoço. Políticos eleitos ilegalmente por todos os meios, estavam com o coração nas mãos.
A qualquer hora poderiam perder o mandato, o pior seria ficar por 4, 5 ou 10 anos na cadeia. Todos queriam cela especial, por causa dos cursos superiores. Mas a maioria iria mesmo para cela comum.
No outro dia, o pivô de toda confusão apareceu morto na prisão. Disseram que morreu enforcado por sua gravata amarrada na cabeceira da cama. Coisa estranha, nem deu para ele ficar de pé, ficou ajoelhado.
ManoelAmaral
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OS POBRES VELHINHOS
THE NEW WEST – IV – A CAIXA DE PANDORA
THE NEW WEST – IV
A CAIXA DE PANDORA
“Operação Caixa de Pandora, foi criada em 2009, para reprimir fraudes em licitações no governo do Distrito Federal.”
Envolvimento de servidores públicos, empresários e até integrantes do Judiciário.
“A Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, acabou com o Mensalão de DEM em Brasília e levou à prisão do ex-governador José Roberto Arruda”
Foram apreendidos computadores, mídias, documentos, além de 700 mil reais, 30 mil dólares e 5 mil euros. Foi uma de maior impacto da PF.
“O esquema de corrupção seria uma espécie de “pedágio” que Arruda cobrava de empresas interessadas em conseguir contratos com sua gestão. O dinheiro arrecadado, segundo o inquérito da Polícia Federal, era dividido entre ele, o vice-governador, Paulo Octávio, secretários e assessores.”
De acordo com a operação da PF, o dinheiro que Arruda repassava a políticos vinha de empresas privadas que prestavam serviço ao governo do DF. Aqui uma coisa interessante, o dinheiro distribuído não saía da área pública.
“As empresas pagavam “por fora” para garantir a os contratos e continuidade dos serviços. O ex-governador, por sua vez, pagava aos aliados e adversários políticos para garantir estabilidade no governo e aprovar os projetos que queria. Com o apoio político, facilitava os contratos e licitações das empregas que forneciam o dinheiro.”
“Entre a pilha de coisas recolhidas, estavam agendas com anotações de pagamentos a políticos, livro-caixa com a contabilidade que os investigadores suspeitam ser de propina, dossiês sobre corrupção em empresas públicas e secretarias, além de um mapa com loteamento político de mais de três mil cargos no governo do DF, remessas de dinheiro para o exterior e acertos para fraude em licitações públicas.”
Ao todo, o processo principal já tem cerca de 40 mil páginas, fora os apensos e os avulsos.
Manoel Amaral
Fonte: Do R7, em Brasília; Revista Veja; Folha de S.Paulo
THE NEW WEST – III CORRUPÇÃO
THE NEW WEST – III
CORRUPÇÃO
“A reeleição é um poço de corrupção”
(Osmair – Tio do Osvandir)
No caso da corrupção os larápios limpam os cofres da “viúva” e voltam sempre para conferir.
A Casa da Moeda e a comissão de 25 milhões de dólares, foi uma das notícias que mais me entristeceu neste fim de semana.
Na era Collor foi o caso PC Farias, para os jovens que não lembram do assunto: O PC passava o chapéu nos empresários que ajudaram a eleger o Collor, umas duas ou três vezes por ano. E a arrecadação era muito grande, dólares e mais dólares. O seu caso de amor não foi bem resolvido e nem a sua morte, muito suspeita.
Na época do FHC foi a privataria. Uma turminha do núcleo do poder ganharam mais poder e mais dinheiro.
O pior da corrupção é que ela é maior, proporcionalmente, nos municípios. Esse ano houve muita luta contra os altos subsídios dos vereadores (os de BH desistiram do aumento).
Todos os poderes estão enlameados. Empresas públicas estão apinhadas de servidores não técnicos, capachos, impostos pelos partidos, no tradicional loteamento de cargos. Olha que não salva nenhum partido.
A corrupção entrou na área pública de cabo a rabo (êpa!)
Partido já nasce “partido”. Tem que começar com a letra “P”. A ditadura (1964) acabou com todos os partidos políticos. Foram criados apenas dois: ARENA – Aliança Renovadora Nacional e MDB- Movimento Democrático Brasileiro. Depois vieram as sublegendas, a pior instituição que já inventaram na política: tinha Arena 1, 2 ou o tanto que comportassem as facções políticas. Daí voltamos a era atual que tem tantos partidos que o eleitor nem sabe de qual pertence o seu candidato.
Os políticos também são culpados disso tudo, mudavam de um lado para o outro sempre que se sentia ameaçado em sua reeleição. E por falar nisso é outra merda que inventaram na política.
A reeleição favorece a corrupção.
Veja abaixo alguns casos mais recentes de corrupção:
CPI do Banestado – 2004
“Comissão Parlamentar de Inquérito pediu 91 indiciamentos de pessoas acusadas de envolvimento em esquema de envio de remessas ilegais para o exterior. A comissão investigou o envio de cerca de R$30 bilhões, por meio das chamadas contas CC-5.” (Revista Veja)
MENSALÃO – 2005
“A prática já existia e consistia no pagamento de uma “mesada” para deputados votarem a favor de projetos de interesse do governo Lula, mas a palavra apareceu pela primeira vez na “Folha de S. Paulo”, em entrevista do deputado Roberto Jefferson. “ (Revista Veja)
DINHEIRO NA CUECA – 2005
“José Adalberto Vieira da Silva, assessor do deputado estadual José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão do então deputado José Genoino, foi detido com US$100 mil escondidos sob a cueca e outros R$200 mil numa maleta.“ (Revista Veja)
ANTONIO PALOCCI – 2006
O então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi afastado do cargo depois da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, testemunha de acusação contra Palocci no caso da “República de Ribeirão Preto”. (REvsista Veja)
Operação Sanguessuga – 2006
“A Operação Sanguessuga, deflagrada em 2006 pela Polícia Federal, ilustra à perfeição como a dependência dos municípios em relação às verbas federais e a atuação dos intermediários que transportam recursos de uma esfera para a outra fomentam a corrupção. A operação desbaratou um esquema de superfaturamento na compra de ambulâncias que estava disseminado em dezenas de municípios.” (Revista Veja)
RENAN CALHEIROS – 2007
“Em maio, a revista “Veja” revelou que o presidente do Senado, Renan Calheiros, recebia recursos da empreiteira Mendes Júnior, por meio do lobista Cláudio Gontijo, para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento.” (Revista Veja)
Ministro Rondeau e Construtora Gautama – 2007
“O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, pediu afastamento do cargo após ter seu nome envolvido num esquema que fraudava licitações para a realização de obras públicas pela construtora Gautama.” (Revista Veja)
OPERAÇÃO SATIAGRAHA – 2007
“Policiais federais cumpriram 24 mandatos de prisão em São Paulo, Rio, Brasília e Salvador, como resultado de investigações da Polícia Federal sobre crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e formação de quadrilha.” (Revista Veja)
THE NEW WEST – II – O CAVALO VOADOR
O CAVALO VOADOR
quem mata milhares é chamado de herói.” Charles Chaplin
Hoje as grandes quadrilhas andam num só cavalo voador, o avião.
Podem marcar assaltos em vários pontos estratégicos do país ao mesmo tempo.
Recolhem grandes quantias de cada vez, que nunca mais são encontradas.
Haja vista o maior assalto a banco de nosso país: O Banco Central de Fortaleza, em 2005, de onde 36 ladrões levaram R$ 164.755.150,00 dos cofres, dos quais, até o momento, apenas uns 20% foram encontrados.
O mais impressionante é que cavaram um túnel subterrâneo de 80 metros de comprimento, por 70 cm de diâmetro, uma verdadeira obra de engenharia.
O dinheiro, em notas de R$50,00, previamente selecionadas, sem numeração, pesava 3 toneladas. Usaram uma empilhadeira para recolher o dinheiro.
Este foi o segundo maior assalto a banco do mundo. Não foi descoberto até agora quem foi o mentor principal do grande assalto e a ligação com alguém do banco. Desconfiam de altas autoridades.
Usaram avião, carreta e outros meios para transportar o dinheiro para vários estados do país.
Alguns bandidos presos, foram chantageados, sequestrados e outros acabaram mortos.
Como o assunto é muito interessante já foram produzidos um filme, um livro e vários documentos sobre o assunto.
Livro: Toupeira: A História do Assalto ao Banco Central” de autoria de Roger Franchini
Filme: Assalto ao Banco Central. Direção: Marcos Paulo. Com os atores: Milhem Cortaz, Hermila Guedes, Giulia Gam, Lima Duarte.
Encontrei um excelente slide na internet:
http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/assalto-ao-banco-central/
Manoel Amaral
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THE NEW WEST – I – Os Cowboys do Asfalto
OS COWBOYS DO ASFALTO
“Mais que de máquinas, precisamos de humanidade.”
Charles Chaplin
Eles chegam em seus velozes cavalos mecânicos, portando equipamentos eletrônicos de alta geração.
No lugar de máscaras usam capacetes, com viseiras rebaixadas tornando-os assim irreconhecíveis.
Usam calças e blusões de couro negro, botas especiais e luvas.
Numa aceleração constante, no meio daquele trânsito caótico, atingem qualquer local com muita facilidade.
Andam sempre em dupla. O cavalo do velho oeste carregava apenas um assaltante; hoje, o mecânico, leva dois.
Visam a vítima, param no local escolhido. Um desce e faz a coleta do dinheiro dos postos de combustíveis.
O outro fica ali a espera do colega, para a fuga desenfreada no meio da rua.
A Polícia vai atrás, quando é alertada a tempo, mas dificilmente consegue prender os assaltantes.
Estamos no “Novo Oeste”, onde assaltar e matar são coisas corriqueiras.
Cidades do interior não tem mais sossego. As pequenas agências ou postos bancários são assaltados com mais facilidade.
Eles chegam, amarram e prendem os funcionários (geralmente mulheres) nos banheiros.
Abrem o cofre com muita agilidade, recolhem o dinheiro, limpam também as gavetas dos guichês de atendimento e ainda têm a audácia de assaltar os clientes do banco.
Muitas vezes dinamitam os caixas eletrônicos levando tudo, quando não levam os ditos.
Quando são presos, um sempre escapa e o dinheiro roubado não aparece.
Tempos modernos, como diria Charles Chaplin.
Manoel Amaral
http://osvandir.blogspot.com