MULHER PASSOU O FERRO NO MARIDO

MULHER
PASSOU O FERRO NO HOMEM

“Quem
com o ferro fere, com ferro será ferido.”


Aquela mulher era mesmo uma peste, vivia batendo no seu
homem.

Não é que num dia desses Jesuíno foi internado às
pressas, na UPA – Unidade de Pronto Atendimento de Saúde, do Bairro, com
queimaduras por todo corpo.

O que se soube é que Margarida passou o ferro quente no
homem e as marcas confirmavam isso.

“Quem com ferro fere, não sabe como dói,” já dizia do
ditado modernizado.
As brigas do casal não pararam por aí. Num outro dia
ela tentou matá-lo com uma faca velha e enferrujada.

Não passou nem uma semana ela veio para cima do pobre
Jesuíno com um espeto de ferro e ele não era ferreiro nem nada.

O tempo foi passando e mais agressões foram aumentando
no dia-a-dia.

Na última sexta-feira ela foi mais violenta ainda,
pegou o pobre homem dormindo, depois de uma longa semana de trabalho pesado e
acabou cortando o seu pênis.

A sorte dele é que uma vizinha chegou na hora, colocou
o velho no carro e deixou-o no hospital mais próximo.

E ali já se fazia experiências com transplante daquele
órgão. Na mesma hora havia chegado um motoqueiro que acidentara no centro da
cidade.

Apesar de todos os esforços o jovem morreu.
Imediatamente os médicos extraíram aquele precioso membro e fizeram o transplante
para velho.

Deu tudo certo e dentro de poucos meses o paciente já
estava em forma. Não foi desta vez que ele morreu.

Cuidou da papelada e separou-se daquela maligna mulher.

E já pensava até em ter filho com a nova esposa:

— Coisa boa é sentir o prazer de poder gerar um filho
novamente, –dizia.

Mas a história não parou por aí. Um dia, Jesuíno
resolveu bolar um plano para se vingar da bruxa velha.

Naquela casa tinha uma banheira daquelas antigas. O
local de passar roupa era ali por perto.

A meia noite os vizinhos ouviram um grito e um silêncio
profundo.

No outro dia encontraram Margarida morta na banheira,
abraçada com o ferro elétrico.

A Polícia concluiu que foi um simples acidente
doméstico.

“Quem com o ferro fere, morre eletrocutado.”

Manoel Amaral

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