O VELHINHO II

“Nem
tudo parece ser o que é.”

O
Homem Fraco

O povo tomou conhecimento que houve um tiroteio na
garagem da casa do amante. Morreram duas pessoas: Catarina, a esposa do velho e
Osvaldo, o homem da academia. Alguns até pensaram em assalto seguido de morte,
mas tal hipótese foi descartada pela polícia.

No inquérito ficou constatado que o casal brigou e cada
um deu dois tiros no outro.

A polícia recolheu as armas e quatro balas incrustadas
nas paredes. Havia pólvora nas mãos dos dois.

Foi recolhido na internet e nos celulares conversas dos
dois amantes, no último recado em que combinaram de encontrar-se lá na garagem.

Para a polícia aquilo bastava, assunto encerrado.

Muitos puderam notar a tristeza do velho no enterro e
nos dias seguintes.
O azar quando começa nunca acaba. Numa tarde de verão a
casa de Josias pegou fogo.

Alguns meses depois Josias foi procurado pela
seguradora que havia um seguro da casa.

Sua esposa Catarina fez este seguro,
conforme documentação
informou
o corretor.
Engraçado,
nem sabia disso,
insinuou
Josias.

A seguradora verificou se a documentação estava em
ordem e mandou encaminhar para as providências legais.

Em poucos meses o valor do seguro foi depositado em sua
conta, conforme combinado.

Todos se esqueceram do assunto, Josias mudou-se para
outra cidade.
Manoel Amaral

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