Nenhum dos três acreditavam muito na explosão, pouso de nave ou ufo naquela região, mas foram lá verificar os fatos. Desta vez o engenheiro resolveu acompanhá-los.
No caminho encontraram o médico Jacinto que veio lá do Rio de Janeiro.
– Como vai Doutor? Já fui apresentado ao Senhor lá na pousada – disse Osvandir.
– Você é o ufólogo lá de Minas? O que veio pesquisar aqui?
– Vim com o Waldemar para dar uma olhada, mas o que está me interessando mesmo é o caso da explosão…
– Escolheu a pessoa certa, eu sou quem foi designado para cuidar dos enfermos…
– Enfermos? Quem está doente por aqui. Casos de dengue hemorrágica?
– Não amigo, eu sou especialista em queimaduras, estou ajudando as enfermeiras num caso muito estranho acontecido por aqui. Não sei bem da história, vocês deverão entrevistar melhor as testemunhas.
– Mas será que é o mesmo caso que viemos pesquisar?
– A cidade é pequena, tem cerca de 25.000 habitantes, poucas ruas, logo vamos saber… – disse o médico.
O engenheiro Juvêncio que até aquele momento mantinha-se calado resolveu entrar na conversa:
– Será o caso dos fins de outubro?
– Pode ser – respondeu o médico.
Seguiram para o pequeno posto de saúde no final do quarteirão. Ali entre vários enfermos tinha sete pessoas que há 20 dias permaneciam internados. Tiveram que arrumar camas com os vizinhos, devido a precariedade do local.
Waldemar e Osvandir entraram primeiro, a enfermeira quis barrá-los, mas o médico disse que poderia deixar os dois entrar. Os quartos estavam isolados, com visitas proibidas.
Para piorar a situação um surto de catapora e meningite atacou a região.
Os que estavam internados eram:
O primeiro paciente, uma mulher de 40 anos, tinha câncer.
O segundo, uma mulher, 35 anos, era estéril.
O terceiro caso era mais simples, problemas na arcada dentária, um senhor, setenta anos de idade.
O quarto sofria de tuberculose.
O quinto, uma jovem de 15 anos, tinha problemas nos rins.
O sexto, uma mulher de 45 anos, com diabetes;
O sétimo, um jovem de 25 anos, com AIDS.
Todos os casos comprovados através de tratamentos anteriores, laudos médicos, exames de sangue, chapas de raio X, etc.
Waldemar e Osvandir tiveram o cuidado de resguardar os nomes verdadeiros de todos eles.
O primeiro a ser entrevistado por Osvandir foi a paciente com câncer:
– A senhora tinha câncer há muito tempo?
– Sim! Tudo comprovado por laudo médico, eu ia fazer tratamento em Belém, sempre. Olha meus cabelos, agora que estão renascendo.
– A Senhora estava junto com os outros seis, no final da rua, naquele dia?
– Sim moço, a coisa foi feia num certo sentido, mas por outro lado os benefícios…
– Benefícios? Que aconteceu depois? Estou ficando curioso.
– Eu e meus amigos, estávamos nos dirigindo para rezar o terço de domingo, na casa de um colega nosso, justamente pedindo graças.
– Desejo saber como foi e o que você viu, naquele dia 31 de outubro.
– Olha, veio um objeto descendo do espaço, fazendo caracol, parece que alguma coisa não ia bem com ele…
Do outro lado do quarto, Waldemar entrevistava a mulher de 35 anos, que não tinha filhos:
– O que foi que a Senhora viu, naquele domingo?
– Eu vinha junto com a minha companheira de quarto, descendo a rua e ela alertou-me para um objeto que vinha descendo em espiral, um barulho bem esquisito, parecia grande…
No outro quarto o engenheiro Juvêncio falava com aquele senhor de idade avançada, com problemas na arcada dentária.
– E aí, como foi que tudo aconteceu?
– “Nois” vinha vindo lá da rua de cima, todo mundo junto, “conversano”, até que alguém chamou a atenção para o céu. Uma coisa vinha caindo e deixando uma fumaça branca para trás, lá para o lado dos Campos de Tauá
Manoel Amaral
Oi Manoel. Blz?
Este suspense esta ficando cada vez melhor. DO jeito que Osvandir gosta.
Mas esta cidade heim….. vai ter problemas assim…
Abraços