ORIGEM DOS MITOS E LENDAS

ORIGEM, MITOS E LENDAS
folclore ORIGEM DOS MITOS E LENDAS
Imagem Google
Estavam todos alegres, numa
festinha de Grupo Escolar, lá num bairro distante.
No meio daquela discussão
Osvandir perguntou:
 – Mas exatamente o que significa a palavra
“folclore”?
E o Professor respondeu:
– Analisando a sua origem os
especialistas chamam isso de “etimologia”- encontramos folk = povo,
nação, raça; e lore = ato de ensinar, instrução. Portanto folclore significa
“ensinamento do povo”, ou seja, a voz do povo.
Saindo daquele grupo Osvandir
seguiu direto para casa, tinha que arrumar as malas para seguir viagem no dia
seguinte para o interior de Goiás, onde mora seu tio Osmair.
Sentiu um frio vindo das janelas,
fechou a do lado do motorista até o topo. Parou o carro na garagem, desceu com
o seu inseparável Net book e seguiu direto para o chuveiro.
Sentiu-se bem melhor, acendeu a
luz do quarto, olhou a correspondência, alguns convites, fatura do cartão de
crédito e uma revista que não quis nem abrir, falava da briga da Rede Globo e
TV Record.
Já cochilando, encostou-se num
travesseiro bem macio e dormiu.
O carro seguia pela estrada, ao
longe viu uma porteira que conheceu logo, já estava chegando ao sítio do seu
tio.
Interessante que achou a viagem
curta. Viajou muito pouco e já foi encontrando as terras onde nasceu. O que
havia acontecido?
Uma bruma cobria todo monte e o
lago estava parecendo uma pista gelada. Alguns peixes pulavam para comer
insetos sobre as águas. As árvores estavam estranhas, qualquer coisa havia
acontecido com sua terra.
Lá no fundo, depois de uma grande
moita de bambu e algumas bananeiras, estava a casa sede.
Ele chegou e foi logo convidado a
tomar um cafezinho e pensou logo nos adoráveis biscoitinhos de Dona Margarida,
uma velha cozinheira do seu tio.
Ao sentar-se à mesa notou que a
velha e simpática biscoiteira não estava mais lá. Vinha uma elegante Senhora
com um pano pintadinho, amarrado à cabeça. Prestou atenção para decorar o nome
dela.
– Vem cá meu filho. Venha provar
dos biscoitinhos da velha.
– É Osvandir, venha comer o bolo
que você tanto gosta. Tia Anastácia caprichou neste de hoje, – disse Osmair.
– Tia Anastácia? Onde foi parar a
Dona Margarida?
– Faleceu no mês passado.
Osvandir viu outra Senhora gorda
com um livro na mão, lendo histórias para as crianças. Quem seria? Foi até lá e
apresentou-se:
– Sou sobrinho do dono do sítio.
– Muito prazer, sou Dona Benta,
velha amiga de Dona Osair. Você seria o famoso ufólogo Osvandir?
– Sim, menos o famoso.
– Olha, aqui estes dias estão
acontecendo muitas coisas interessantes. Agorinha mesmo acabamos de ver a
Mãe-de-ouro passando daquela montanha até o riacho. É uma bola de fogo que
indica os locais onde se encontra jazidas de ouro.
– Quando estava chegando vi uma
criatura esquisita, pensei até em parar o carro. Parecia uma cobra de fogo.
– É o Boitatá, protege as matas e
os animais,  tem a capacidade de
perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. No Nordeste é conhecido
como “fogo que corre”.
– Uai, Dona Benta, a Senhora
conhece mesmo tudo sobre o folclore, hein? – Disse um dos meninos.
– A semana passada o Curupira
apareceu logo ali na mata. Ele também  é
protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de
cabelos compridos e com os pés virados para trás.
A conversa estava boa, mas
Osvandir muito cansado, resolveu ir dormir, aproveitando o seu velho quartinho
dos tempos de criança.
Sonhou com Lobisomem, um animal
meio lobo e homem numa noite de lua cheia. Quando aquele grotesco bicho veio
atacá-lo ele acordou.
Dona Benta ainda lia e resolveu
contar a lenda do  Boto para as crianças:
– Acredita-se que a lenda do boto
tenha surgido na região
amazônica. Ele é representado por
um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após
a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida.
Antes de a madrugada chegar, ele
mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.
Manoel Amaral


Compartilhe este conteúdo:

Publicar comentário