TRAGÉDIA DE SANTA MARIA

NÃO
VOU FALAR DE TRAGÉDIA…

“O que matou foi o pânico, a inalação da fumaça
tóxica e a dificuldade em sair”.
(Cel. Guido, comandante do Corpo
de Bombeiros)

 

O mundo inteiro publicou manchete sobre a tragédia de
Santa Maria.

Não falarei sobre o assunto. Caso encerrado. Erros
apurados, não vão devolver as centenas de mortos as suas famílias.

Ninguém vai mudar nada. As Boates continuarão recebendo
menores, os fogos serão apontados para o teto. O terror vai continuar para todo
lado.

Festas de formatura acontecem em todo país. Os jovens
amontoam-se em cubículos e querem divertir-se.

Mas contra a fumaça, que mata em cinco minutos, não há
solução, não há tecnologia que resolva esta situação.

Os conjuntos, as bandas, já assistiram tantas mortes
por causa de incêndio,  não sei porque
continuam usando show pirotécnico em recinto fechado.

Não vamos aqui relembrar o desespero da mãe, do pai
exigindo justiça. Não vai adiantar nada, quem conseguirá trazê-los de volta?

Nem ficar dizendo que o extintor não funcionou ou que a
boate não tinha alvará, agora é tarde demais.

Não vamos lamentar que o computador com as imagens das
câmaras de segurança  tenham desaparecido,
elas não iriam resolver nada.

E as famílias que nem tinham dinheiro para comprar o
caixão? Isso são coisas de somenos importância.

Devemos agora pensar no futuro, aprovar apenas projetos
com amplas portas de emergência e bem sinalizadas. Teto sem produto inflamável
e jamais permitir o uso de fogo
.

Seguranças bem treinados e não um Zé Mané qualquer, escolhido
pela altura e corpulência.

Olha só, ainda tinha jornal publicando fotos de
celulares de minutos antes da tragédia, mas que coisa horrorosa.

Um artista jamais imaginaria que usando um sinalizador provocaria uma tragédia.
As faíscas atingiram a espuma do isolamento acústico no teto do estabelecimento
e as chamas se espalharam pelo recinto.

No caso de Santa Maria, apenas duas portas laterais,
bem amplas e sinalizadas, teriam resolvido o assunto.

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