ABANDIDA

A BANDIDA
 “O bandido sempre volta do local do crime.”
(Detetive Osamir)
Aquela
mulher que nascera no Rio Grande do Sul não era brincadeira não, comandava uma
quadrilha que vivia assaltando restaurantes e tudo que encontrava pela frente,
que pudesse render um bom dinheiro.
Era
loura, bonita, valente,  andava
bem vestida e com acessórios de grife. Mandava e os
demais obedeciam. Sacava a arma que estava nas costas e entregava para um de
seus colegas de crimes e anunciava o assalto.
Dirigia
tudo como se tivesse fazendo uma coisa simples, não tinha medo de enfrentar
muitas pessoas ao mesmo tempo. Dizia que seria aquele local e pronto, os outros
obedeciam sem pestanejar.
Ivone
tinha apenas 35 anos e uma ficha criminal quilométrica. Fora detida várias vezes
pela polícia por
estelionato,  receptação e lesão corporal.
Uma
ONG que trabalhava com ressocialização de detentos contou que numa de suas
saídas ela não voltou mais e continuou a sua vida de crimes no Rio de Janeiro.
Tem até no Youtube um vídeo que mostra a criminosa cantando para os demais
detentos.
Mas
no assalto ao restaurante da Tijuca, no Rio, eles se deram mal, três foram
baleados, um foi para o hospital e acabou morrendo. Os outros dois ficaram
estirados no chão. E a chefe da quadrilha estava entre os mortos.
Interessante
que os outros componentes da quadrilha que estavam do lado de fora do
restaurante foram
ver se a Ivone realmente
tinha morrido.
Como se não bastasse essa
ousadia, eles também foram até o Instituto Médico Legal [IML] para fazer o
reconhecimento do corpo dela.
Ainda
tiveram a cara de pau de ir ao velório da colega de quadrilha.
Eles
foram presos pela polícia quando choravam no enterro…
Foi
muita burrada junta.

Manoel Amaral

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