JAVAPORCO, A FERA

OSVANDIR
E CLOS NA COPA DO MUNDO

javaporco JAVAPORCO, A FERA
Imagem Google

A
Viagem de Clos

Jean Clouseau, o neto do Inspetor Jacques Clouseau,
aquele da Pantera Cor-de-Rosa, acabara de chegar e mal desfizera as malas, um
fato levou Osvandir e o recém-chegado amigo, para o Sul do país.

É que muitos fazendeiros estavam sendo atacados por uma
fera diferente. Era meio javali e meio porco, o javaporco, uma nova espécie
gerada por cientistas brasileiros, para produção de carne exótica.
O javaporco — resultado do cruzamento do javali
selvagem com o porco caipira.

Acontece que esta fera saiu muito “pior que a
encomenda”. Os fazendeiros já estavam sofrendo grandes prejuízos em suas
plantações de soja, milho e feijão, produzidas pelo Agronegócio.

Quando os lucros foram diminuindo devido aos constantes
ataques, os fazendeiros pressionaram os sindicatos e estes os governos
municipais, estaduais e a área federal do meio ambiente.

Na viagem Osvandir mostrava para Clos uma reportagem
que viu pela internet:

A Maldição dos javaporcos aflige cidades da região

O javaporco é um animal selvagem que pesa
aproximadamente 200 quilos.
Ele é o resultado de cruzamento em laboratório com o
porco caipira. Comem de tudo: pomares, mandioca, soja, feijão, milho, hortas,
adubo.

Os bandos quebram cercas
comuns e elétricas, estouram arame farpado, mastigam canos que levam água para
as comunidades e ainda pisoteiam nascentes de córregos.

Produtores dos Estados do
Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo já estão sofrendo as
consequências dos estragos dos Javaporcos.


Em francês eles são conhecidos como sangliers, conforme informou Clos.

Estão invadindo tudo e vindo do Sul para o
Centro-Oeste. Não tem como detê-los. São fortes, grandes e amedrontam os outros
animais.

Se encontram pelo caminho, porcas de rebanhos
domésticos, as engravidam gerando filhotes de raça selvagem. Percorrem todas as
plantações, livremente, pois não encontram ninguém e nem predadores para
detê-los.

Os produtores e agricultores acham que a situação está
fora de controle.

Como são animais fortes,
rápidos e muito astutos; armadilhas, rojões e espantalhos já não os assustam
mais. Passam por uma fazenda deixando um rastro com as lavouras destruídas.

Além
do mais, eles provocam a aceleração do processo de erosão do solo e pisoteiam
as nascentes, comendo capins e brotos de árvores.

A
onça pintada é a predadora que consegue deter os javaporcos adultos, mas muitos
destes animais também podem destruir o controle, passando a atacar os bezerros,
cabras e ovelhas.

O
javaporcos comem insetos, ovos, ataca pequenos animais e destrói tudo que vê
pela frente. Sobrevivem até as queimadas, nem tem medo de cães e sabem nadar e
atravessam qualquer obstáculo.

Com
o passar do tempo os fazendeiros vem notando que os bichos estão com as presas
cada vez maiores, atingindo a dez centímetros.

Entram
nos depósitos e silos comendo sementes, não perdoando nem o adubo por causa do
sal. Devoram minhocas como sobremesa.

Numa fazenda no interior do
Paraná atacaram as plantações e comeram mais de mil sacos de milho que já
estavam na época de colheita.

Onde existe irrigação eles
arrancam os canos e destroem todo sistema de captação de água.

Quando
Osvandir e Clos chegaram numa fazenda lá no Sul, um bicho escapou de uma
armadilha e com  um grande salto,
passando por cima dos dois, pulando quase dois metros de altura.

O
perigo é que os caçadores da região acabam errando a pontaria, matando outros
animais dos fazendeiros.

Cada
fêmea é capaz de parir de cinco a dez porquinhos selvagens.
Osvandir
ficou mais assustado do que gente que caça onça, Clos ficou paralisado tentando
achar uma solução, até que Osvandir olhou para Clos. Esse olhar bem conhecido é
sinal de ideias.

Os
javaporcos correram em direção dos dois, mas Osvandir subiu bem depressa numa
árvore e Clos foi junto. Já que javaporco não consegue subir em árvores, os
animais  afastavam a certa distância
depois corriam de volta com cabeça baixa para acertar na árvore querendo derrubá-la. 

Osvandir
e Clos custaram a safar-se dessa, o recurso foi correr bastante e chegar até a
sede da fazenda de Joca.

A
solução apontada por Osvandir e Clos foram as seguintes:

1 – Por lei o abate de animais nocivos não é crime,
contratar então equipes bem treinadas para matá-los aproveitando-se a carne.

2 –
Criação em cativeiro de onça pintada para caçar os javaporcos, com controle por
chips instalados por pessoas habilitadas.

3 –
Incentivo a Restaurantes para trabalharem com carne exótica de javaporco.

Maria
Luíza e Manoel Amaral

www.afadinha.com.br
www.osvandir.com.br

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