O GOLPE DOS CARTÕES DE CRÉDITO

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Ligo a TV e o Programa
anunciava: Presa Quadrilha que usava cartão de crédito para gerar ponto que
poderiam ser convertidos em passagens aéreas, diárias de hotel e outros
benefícios.
Ai pensei: – Mas isso não
é crime, está no contrato dos cartões de crédito – mas o programa foi
desenrolando tudo e chegou onde estava a criminalidade.
Eles rodaram o mundo, uma
família composta por quinze pessoas, conheceram a França, Suíça, Estados Unidos
e muitos outros países.
Em três anos eles viveram
um sonho que todos desejariam viver, Num ano torraram  R$39, milhões de reais.
Quem bolou o golpe foi um
jovem de apenas 27 anos, técnico em informática, por sinal uma armação cheia de
criatividade.
Teriam descoberto como
multiplicar suas milhas aéreas.  O golpe
era muito melhor do que estas histórias de cinema, eles vendiam e compravam
deles mesmos, gerando pontos em centenas de cartões de crédito.
Forjavam gastos para poder
usar cartões de crédito e, assim, criar milhas numa cascata. Uma viagem gerava
gastos e assim os gastos criavam mais pontos nos cartões.
Haviam descoberto o “moto
contínuo” nos preciosos Cartões de Crédito. Os bancos e as empresas dos cartões
não estão nem aí para as despesas, quanto mais melhor. Os juros são altíssimos,
daí pode surgir e prosperar estes golpes.
Usaram uma maneira simples de
burlar todo mundo: emitindo boletos bancários falsos em que muitas vezes o
pagador e o credor eram a mesma pessoa.
Como eram 15, poderiam
emitir muitos boletos por mês e ninguém suspeitava de nada e isso tudo poderia
ser convertidos em passagens aéreas, diárias de hotel e milhares de benefícios.
Tudo isso acontecendo numa
rua pacata do Rio de Janeiro, onde foi planejado um dos maiores golpes com
Cartões de Crédito.
Inventavam gastos irreais no
cartão de crédito e criavam milhas.
Todos os boletos eram pagos
com cartões de crédito, gerando mais e mais pontos para aquela família feliz
que ficava viajando o ano inteiro, sem contar a casa cheia de objetos que
compravam usando os pontinhos acumulados.
O dinheiro fazia um zig-zag entrando numa conta e saindo
noutra da família, nunca deixando de gerar algumas milhas, para as próximas
viagens. Trocavam estas milhas por passagens aéreas e estavam ganhando dinheiro
negociando até com as agências de Turismo.
Foi aí que entrou em ação a PF e Ministério da Fazenda,
investigando algumas contas que não fechavam. Colheram provas e um vasto
arsenal de cartões de créditos, boletos bancários, passagens aéreas, notas
fiscais e muitos documentos bancários.
E eu aqui pensando nos meus magros pontinhos, que nunca
deram nem para uma passagem para o meu adorado Portugal.  Terra dos vinhos, dos azeites, dos azulejos
azul e branco, dos pasteis doces e dos doces-doces das confeitarias.
Nem pensei em Lisboa, mas uma cidadezinha do interior,
daquelas com menos de 10 mil habitantes; já estava bom.
Mas pobre é, e sempre será pobre.
Manoel Amaral

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Joeydim

Pois é pai, Nos pobres nunca teremos uma vida igual esses caras tiveram , porque somos honesto e os honesto so se ferram .

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