OSVANDIR E O MOSQUITO MISTERIOSO
de autoridades idem.”
(Tartaravô do Osvandir)
Foi numa destas experiências que um laboratório mexicano andava fazendo com insetos que um fato anômalo aconteceu.
Alguns insetos fugiram do controle e foram parar no meio de outros que estavam separados para análises.
Acontece que por descuido de um dos embaladores das moscas que viriam para o Brasil, vários destes mosquitos excêntricos vieram no meio das caixas.
As moscas foram encomendadas por fazendeiros de Mato Grosso do Sul para acabar com a moscas-de-chifres.
Como os fazendeiros nada sabiam do ocorrido, soltaram todos, através de avião, bem no centro de cada fazenda, esperando que o casamento daquelas moscas com as maléficas moscas-de-chifres desse o resultado desejado.
Mas um fato mudou toda a situação. Um fazendeiro reparou que um mosquitinho novo tinha aparecido no meio das outras fêmeas.
Era até bonitinho. Pernas pintadinhas de branco, o resto do corpo era preto. No entanto nenhuma fêmea das moscas-de-chifres queria acasalar-se com ele, ficou isolado.
Precavido, o fazendeiro pediu que todos os peões fossem capturar tais mosquitinhos. E foram e encontram uma porção enorme deles, era fácil capturá-los. Eles não ofereciam resistência nenhuma.
Levado ao laboratório mais próximo, constatou-se que era o Aedes Aegypti, o violento mosquitinho da dengue.
Analisando melhor, a cientista chegou a conclusão que era um pouco diferente do original brasileiro. Alguma coisa na sua cauda e um pouco mais comprido a barriguinha dele. Era somente machos, não havia nenhuma fêmea em todas as caixas pesquisadas.
Osvandir ficou sabendo por jornais das pesquisas e resolveu visitar o laboratório da Dra. Maísa, em Campina Grande, Mato Grosso do Sul.
Dias e dias de experiência com fêmeas, verificou-se que elas acasalavam com muita facilidade com tais mosquitinhos.
Passado alguns meses os ovos produzidos pelas fêmeas foram analisados pela cientista e outros pesquisadores que foram convocados pelo laboratório de Campo Grande-MS, CPI – Centro de Pesquisas de Insetos.
Eles eram um pouco diferentes dos ovos das outras fêmeas que picavam a gente todo dias pela manhã e no final da tarde.
Na picada, ela aplicava uma substância anestésica, fazendo com que não houvesse dor, só descobríamos quando dava aquela coceirinha.
O mosquito macho alimenta-se de frutas, somente a fêmea pica as pessoas e animais.
No momento que está retirando o sangue, a fêmea contaminada transmite o vírus da dengue para o ser humano.
Antigamente a fêmea depositava seus ovos em locais com água parada e limpa, atualmente ela deposita até em água um pouco poluída.
Cada vez eles ficam mais resistentes a venenos produzidos por laboratórios que enriquecem e nós ficamos com a praga.
No início foi o BHC, depois veio outros venenos e atualmente eles usam o fumacê com veneno misturado com óleo de soja, o que andou matando algumas pessoas no Nordeste.
Os sintomas da dengue todos conhecem: febre alta, dores de cabeça, nas costas e articulações e dores na região atrás dos olhos.
Retornando aos ovos diferentes da fêmea acasalada com o estranho mosquito mexicano chegou-se a conclusão que tais ovos não reproduziam qualquer tipo de mosquito. Perdiam no meio das águas e eram muito apreciados por peixes…
O resultado disso tudo foi que o mosquito da dengue estava quase extinto no Estado do Mato Grosso do Sul.
No entanto quando Osvandir chegou a capital, ao abrir os jornais…
NOVO MOSQUITO DA DENGUE ESTÁ MAIS FORTE DO QUE ANTES
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