B. CASSIDY & S. KID – III

B.
CASSIDY & S. KID – III

O Primeiro Assalto

Cidade grande, diferente das
que assaltavam no Brasil
. Kid já foi
logo para o centro financeiro, ali
nos
arredores da Praça 24 de Setembro.

Viu muitos bancos, mas
optaram por um pequeno, para experimentar. 

Analisaram as saídas, o trânsito e
outros detalhes que ia anotando no seu caderninho de bolso.

Cassidy estudava a
possibilidade de contratar algumas pessoas para ajudarem na empreitada. Sondava
nas periferias da cidade. Comprou um carro, mesmo sabendo pouco da língua.

Pretta fez um depósito na
agência e anotou todos os detalhes internos. Inclusive ficou muito amiga de um
dos seguranças, que a convidou para sair à noite.

Ela fotografou,
disfarçadamente, as câmaras de segurança de todo o saguão e da parte onde
estavam os caixas e o cofre.

Trabalho terminado deu
abraço apertado no segurança e soltou um suspiro apaixonado, coisa que ela
sabia fingir sempre.

Dois dias depois voltou ao
banco para concluir alguns detalhes que Cassidy achou importante.

Reuniram à noite nas
imediações da Av. San Martín, no bairro Equipetrol, para devorar o churrasco à
boliviana na Casa Típica de Camba.

Kid ressabiado pela dor de
barriga que sentiu na viagem, comeu pouca carne, preferindo mais as saladas.

Ficou combinado que o
assalto seria numa quinta-feira, do início do mês, quando o movimento financeiro
era maior, dia de pagamento dos aposentados.

Estudaram duas opções:
entrar à noite, explodir os caixas eletrônicos e tentar abrir o cofre ou
invadir o banco durante o dia, o que acharam mais perigoso.
Pretta sugeriu que ela
entraria ao meio-dia, pela frente e os dois amigos entrariam pelos fundos, por
causa da porta giratória detectora de metal, rendendo os velhinhos, sem atirar
em ninguém.

Kid achou melhor explodir
tudo à noite e sair com o dinheiro, indo direto para alguma floresta que
encontrassem.

Manoel Amaral

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