Manoel Amaral
Se quiser conhecer nomes curiosos de cachaça: http://mulher.terra.com.br/bebidas-com-nomes-curiosos/
Categoria: cachaça
TROPICÁLIA – O PAÍS DAS MARAVILHAS
7 – Melões, Melancias, Cruá, Melão-caboclo, Jamelão
Os melões, melancias, Cruá, melão-caboclo, jamelão são produzidos nestas terras, de pouca chuva, grande parte pode ser utilizado para exportação.
15 DE JULHO: DIA DO HOMEM… FELIZ!
No mais alto pico do Tibet vive o mais sábio homem do mundo.
Certa vez uma mulher foi à sua procura e perguntou-lhe:
– Mestre dos mestres! Qual o caminho mais curto e seguro para o coração de um Homem?
O mestre respondeu-lhe:
– Não há caminho seguro para o coração de um homem, filha.
Só trilhas à beira de penhascos e caminhos sem mapas, cheios de pedras e serpentes venenosas..
– Mas, então, mestre… O que devo fazer para conquistar o coração da meu marido?
Então lhe disse o grande guru:
– Fazer um homem feliz é fácil.
– Só é necessário ser:
2) Companheira
3) Amante
4) Irmã
5) Mãe
6) Chefe
7) Educadora
9) Cozinheira
9) Mecânica
10) Encanadora
11) Decoradora de Interiores
12) Estilista
13) Eletricista
14) Sexóloga
15) Urologista
16) Psicóloga
17) Psiquiatra
18) Terapeuta
19) Audaz
20) Simpática
21) Esportista
22) Carinhosa
23) Atenta
24) Cavalheira
25) Inteligente
26) Imaginativa
27) Criativa
28) Doce
29) Forte
30) Compreensiva
31) Tolerante
32) Prudente
33) Ambiciosa
34) Capaz
35) Valente
36) Decidida
37) Confiável
38) Respeitadora
39) Apaixonada
40) E, de preferência, RICA!!!
41) Limpar sempre o chão;
– Não coçar aquele lugar na frente dele;
– Não arrotar alto. Aliás, não arrote;
– Dê uma TV de 50”… Muitos presentes;
– Não comer as unhas;
– Não peide sob o cobertor. Aliás, não peide.
– Levante a tampa do vaso depois de fazer xixi.
– Deixe ele ter ciúme de você, ele pode;
– Use perfume (que preste);
– Dê descarga depois de sair da privada;
– Não fale palavrão;
– Não seja engraçadinha com os outros;
– Não fale mal da mãe dele. Aliás, ame a mãe dele;
– Não tenha ciúme dele;
– Não fique barriguda. Aliás, não engorde;
– Não demore no banho;
– Não chegue tarde em casa.
– Saia para trabalhar e volte correndo;
– Não bata papo até tarde com amigas. Aliás, não tenha amigas;
– Seja econômica. Não use cartões de crédito;
– Nunca diga que homem não sabe dirigir;
– Não olhe para outros homens…. Aliás, não existem outros homens;
– Aprenda a cozinhar o mais rápido possível;
– Diga ‘eu te amo’ pelo menos 05 vezes por dia;
– Lave a louça;
– Não fique ligando para ele de qualquer lugar;
– Deixe ele conversar durante horas ao telefone;
– Não seja fanática por Novelas.
– Faça as unhas todos os dias para não arranhá-lo;
– Nunca reclame de nada; e deixe a geladeira cheia de cerveja.
E é muito importante ainda não esquecer as datas do churrasco, da festa 0800, aniversário da mãe dele, tia, irmão ou irmã mais querida; aniversário dos avós, da melhor amigam dele… E do cachorro de estimação
– E o mais importante, minha jovem… Espere… Volte aqui…
NÃO… NÃO PULE… NÃO SE MATEEEEEEEEEEEEE!!!!
CARGA SAQUEADA
CACHACEIRO COMEU TATURANA COMO TIRA GOSTO
A palavra taturana (ou tatarana) vem da língua tupi e significa “semelhante ao fogo” (tata = “fogo”; rana = “semelhante”). Wikipédia
Estavam os dois na rua, na porta de suas casas, sem nada para fazer, olharam aqueles insetos subindo e descendo as paredes do muro.
Foi aí que o Zé teve a grande (ou péssima) ideia de proposta: quem comesse mais tataranha venceria o jogo e levaria a bolada.
A bolada era apenas uns míseros dez reais, restinho que sobrou da aposentadoria de cada um. Final de mês sabe como é, falta tudo!
Comer taturana, ora pois, pois! Que coisa mais idiota, só poderia ter saído da cabeça daqueles dois. Onde já se viu uma coisa dessas?
Aquilo queimava como pimenta malagueta, era fogo puro.
Foram comendo, comendo, as barrigas inchando cada vez mais. Pareciam até mulher grávida. A cerveja não descia mais. A garganta inflamou. Água só bebiam na bacia.
E aqueles dois foram parar no hospital, quase morreram.
Receberam alta e fugiram do local, foram para zona rural para evitar a gozação do povo.
Tudo isso se passou na data de 26 de janeiro de 2012, do Ano de Nosso Senhor Jesus Cristo (Anno Domini Nostri Iesu Christi).
Manoel Amaral
OSVANDIR E OUTRAS HISTÓRIAS III
“Se cachaça fosse boa,
não precisava de tira-gosto!”
David Blaser
No Fumal, o pai abandonou o algodão e passou a cuidar apenas da cana. Fabricava rapadura e cachaça. A marca da pinga era “Palmeira”, muito conhecida na região pelo esmero na fabricação, sem nenhum produto químico, apenas fubá de milho e garapa.
A fama da “água-que-passrinho-não-bebe” atravessou fronteiras e de Itaúna, Pará de Minas, Pitangui e Divinóplois apareciam gente interessados em comercializar a maldita da pinga, a “puríssima”. E a Palmeiria fez muita gente visitar nossa fazenda. Até alunos da quarta-série do Grupo Escolar Benedito Valadares estiveram por lá para conhecer como fabricavam a “branquinha”.
Fiquei até um pouco envergonhado por ver tantas meninas bonitas, com o vistoso uniforme de saia azul e blusa branca. O Joaquim era quem alambicava a “cheirosa”, portanto foi explicando para todos os principais processos pelos quais passavam desde o corte da cana madura, o carro-de-boi, o engenho, os cochos, o alambique, a serpentina e finalmente a “abrideira”, saía geladinha direto para os barris ou tonéis de madeira.
As crianças aproveitavam para tomar uma deliciosa garapa, comer melado ou rapadura (pac-pac). Outros preferiam chupar mexerica ou laranja. O certo é que todos se divertiam. Os professores apreensivos de que alguns pudesse machucar-se, tomavam a “branquinha” para disfarçar.
Acabou acontecendo mesmo! Uma menina mais assanhada que as outras resolveu subir no monte de lenha que servia a caldeira do engenho e acabou engarranchada no meio das toras de madeira. Outro menos avisado subiu num monte de casca de arroz no quintal, nem percebendo que ele estava em “combustão interna”, queimava por dentro. O menino acabou queimando o pé esquerdo, dando uma trabalheira danada para os professores.
A caixa de primeiros socorros foi usada e vários alunos receberam esparadrapos nas mãos e pés.
Um professor tirou do bolso uma lista dos nomes mais conhecidos da pinga:
“Água ardente, abrideira, água-que-passarinho-não-bebe, águas-de-setembro, aninha, azougue, azuladinha, azulzinha, bagaceira, baronesa, bicha (no bom sentido), bico, boa, borbulhante, boresca, branca, branquinha, brosa, brozinha, cambraia, corta bainha, cândida, cachaça, caiana, cana, caninha, canguara, canha, canjica, canjibrina, catuta, caxaramba, caxiri, cobreira, corta baínha, cotréia, cumbu, cumulaia, danada, delas-frias, dengosa, mdesmacha-samba, dindinha, dona branca, elixir, engasga-gato, espírito, esquenta-por-dentro, filha-do-senhor-de-engenho, fruta, girgolina, gramática, grampo, homeopatia, imaculada, já-começa, januária, jesebita, jimjibirra, joça, junça, jura, legume, limpa, linha branca, lisa, maçangana, mandinga, manhosa, mãe de Luanda, mamãe-sacode, mandureba, monjprina, marafo, maçã-branca, montuava, morrão, morretiana, óleo, orantanje, panete, parati, patrícia, perigosa, pevide, pilóia, pinga, piribita, porongo, prego, pura, purinha, puríssima, Roma, remédio, restilo, retrós, roxo-forte, samba, sete virtudes, sinhaninha, sinhazinha, sipia, simba, sumo-de-cana, suor-de-alambique, supura, tafiá, teimosa, terebentina, tinguaciba, tiquira, tiúba, tome-juízo, uca, xinapre, zuinga”.
O nosso professor copiou os sinônimos do Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, organizado por Hildebrando de Lima e Augusto Barroso em 9a. edição de 1951, Editora Civilização Brasileira.
MANOEL AMARAL
Fonte: 1 – Joaquim Ferreira do Amaral
2 – José Ferreira do Amaral
OSVANDIR E OUTRAS HISTÓRIAS
SEXTA-FEIRA 13 E O FIM DO MUNDO
“A superstição é a barreira dos tímidos,
o refúgio dos fracos e a religião dos covardes.”
Todos tinham medo de Sexta-feira da paixão. Era uma tristeza que começava na Quinta-feira depois do meio dia. Dava para ouvir o canto dos pássaros e o zumbir das abelhas.
A mula sem cabeça ficava marchando nas cabeças das crianças e nas de alguns adultos.
Passar debaixo de escada, ver gato preto na sua frente e sair de casa na Sexta-feira 13, era coisa de louco.
A superstição era muito cultivada na década de 50, e olha que não tinha TV.
Alguns pássaros também eram considerados agourentos: urubus, acauã, morcegos e corujas. Quando a acauã cantava próximo de uma casa era sinal de falecimento de alguém da família. O mês de agosto era o pior do ano.
As tragédias das Guianas, Tim Jones envenenou várias pessoas, aqueles lunáticos do cometa Houtek, nos EUA, tudo não passou de superstição, o mundo não acabou naquela época e nem vai acabar tão cedo.
Há uma semana os jornais, revistas, TVs e rádios anunciaram o FIM DO MUNDO para o dia 11-8-1999, Quarta-feira, e o pior que a Sexta-feira seguinte era 13, mês de agosto. Muito azar junto!
Mas passou a Quarta-feira, eclipse na Europa e Ásia e um sol de rachar mamonas no Brasil e nada mais aconteceu. Sexta-feira 13 chegou, sol lindo no horizonte. Nenhum sinal de FIM DO MUNDO, pelo contrário, um bom dia das 6:00 às 18:00 horas, pouco movimento nas ruas.
Final de semana, todos cidadãos (moradores na cidade) pegaram a estrada e foram para zona rural (hoje sítio).
Chegou dia 14 e o susto passou, o mundo não acabou, vamos esperar mais 1000 anos (3000), porque 2000 já era.
14-8-1999
Fonte: Vide jornais diários da data.
DOR DE CABEÇA?
USE VERAMON!
Saíram do baile quase de manhã, uma dor de cabeça de rachar. Haviam tomado todas, inclusive doses de conhaque São João da Barra. As bebidas e as batidas da fábrica de bebidas Naná, de Divinópolis, enchiam a festa. A cerveja Brahma, rara, tinha como único distribuidor na região, um Sangonçalense, que vendia até para Divinópolis. O tradicional vinho Sabiá, mesmo falsificado, estava nas mesas. As mulheres de longos vestidos, quase todos de cor escura. Os homens de terno de casimira azul marinho ou preto, camisa branca e gravata fina. Corria os fins da década de 50. A alta sociedade estava lá, o baile foi ali na antiga casa do Geraldo Mourão, Rua Cel. Pedro Teixeira com Av. Divinópolis.
Comeram uma lingüiça Maria Rosa, mesmo seca, engasgando, custou a descer.
_ Puxa! Esquecemos as tintas Guarany que a mãe encomendou …
MANOEL AMARAL